«O mundo secreto das comunicações do Estado português pode estar em perigo» diz o DN – DIÁRIO DE NOTÍCIAS

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Na imagem: equipamento militar produzido em Portugal para a Defesa Nacional, é de alta tecnologia e de total segurança nas radiocomunicações, único no mercado mundial.

(clique na imagem – para ver enquadramento legal)

Durante mais de 30 anos, que o laxismo político a par da incapacidade económica e também tecnológica, lançaram ao chão as «Comunicações Seguras» e com elas, importantes aspectos quer da segurança do Estado, quer das forças operacionais, cujas comunicações, estão em parte, e de algum modo, ao alcance de interesses estranhos, com particular destaque para o tráfico de ilícitos, contrabando de armas, o terrorismo internacional, e ou ainda se quisermos, os curiosos sem escrúpulos e sem ética.

Durante mais de 30 anos, que o Movimento Associativo do Radioamadorismo Português vem denunciando junto quer dos Ministérios da Administração Interna, quer da Defesa Nacional e ainda das autoridades nacionais para as radiocomunicações, todas estas situações de manifesta insegurança e incapacidade estrutural em que as Comunicações Seguras e de Emergência estão mergulhadas – não existem meios técnicos adequados e suficientes, nem sequer pessoas qualificadas.

Portugal não está dotado de meios técnicos suficientes para as Radiocomunicações Seguras (dependentes ainda da velha mensagem codificada, digital ou telegráfica), e que no campo táctico lhe permitam operar em absoluta segurança, face à evolução e oferta dos fabricantes mundiais (designadamente do Japão e EUA) quanto à compra e emprego de vulgares sistemas comerciais de recepção e transmissão de rádio, em todas as faixas de frequência do espectro radioeléctrico.

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Na imagem: exemplo de um equipamento comercial e ou de amador de alta tecnologia, sem comunicações seguras, são correntemente empregues por forças de segurança do Estado, apenas porque são mais baratos.

Tal como o Cosmos, a Rádio e o seu espectro estão abertos a todos os conteúdos (locais, regionais, nacionais e internacionais) desde que não sejam tomadas por parte das autoridades as medidas de segurança adequadas.
Foi isso que o Estado português, em todos os seus domínios das Comunicações Seguras, ainda não soube criar, ou seja, dotar-se primeiro de meios de radiocomunicações susceptíveis de oferecerem por si, todas as condições de segurança, quer em transmissão quer em comunicação, as denominadas Comunicações Seguras por via do TRANSEC e do COMSEC.

Existe na indústria portuguesa uma única empresa que desenvolveu nos últimos 13 anos, o mais sofisticado meio de radiocomunicações seguras, capaz de operar em todos os modos, e em todas as faixas de frequências tácticas, mas para tal, é preciso: 1) dar oportunidade à industria nacional, 2) dotar a LPM dos meios e das políticas que mais podem favorecer os desígnios nacionais e 3) o Estado e a Defesa adquirirem os meios adequados para que a segurança e a operacionalidade, no âmbito das radiocomunicações seguras, estejam previa e devidamente salvaguardadas.

Não nos parece legítimo colocar o ónus dessa incapacidade estrutural ao ser maldosamente colocada nos ombros, por exemplo, dos Amadores de Rádio portugueses, vulgar e popularmente denominados de «radioamadores».

Finalmente:

É preciso ter coragem Cultural e também Política, para se impedir que qualquer pessoa, sem a menor qualificação técnica, possa adquirir livremente, no promissor mercado da electrónica, quaisquer meios de radiocomunicações, que possam colocar em risco a exploração das redes das Radiocomunicações de manifesto interesse quer para a segurança do Estado, quer de organismos públicos e privados, de pessoas e vidas humanas.

O DN não mente – mas também não soube avaliar o assunto, ou não se quis informar, ou não deteve capacidade técnica bastante para apreciar esta matéria e dizer a verdade ao público.

A AMRAD quer deixar aqui o seu veemente protesto, justificando e clarificando a verdade deste problema Nacional, ou seja: a ausência de meios técnicos, capazes de garantirem às forças de segurança, polícia, exército, marinha e aviação, os meios adequados, que no contexto tecnológico actual, lhes permitam finalmente criar e manter as estruturas e redes nacionais, compatíveis, designadamente com a NATO e com todos os outros organismos a que Portugal aderiu, e estão hoje dotados dos meios para as Radiocomunicações Seguras equipadas com sistemas de TRANSEC e COMSEC.

Ou será que estão por detrás desta notícia «bombástica» interesses empresariais estrangeiros …, ao arrepio do desenvolvimento tecnológico, industrial, económico e social de Portugal ?

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