Para anunciar SIRESP basta denegrir o Radioamadorismo português

111dnradio

 

Para anunciar de forma bombástica o lançamento do tão anunciado SIRESP – Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal o poder político, através do ministério da Administração Interna, opta por colocar em causa, através dos órgãos de informação, o patriotismo e a integridade, bem como da utilidade pública do Serviço de Amador e Amador de Satélite português, vulgo Radioamadorismo.

– Todos temos a noção real, do estado de atraso económico e estrutural em que Portugal mergulhou e se afundou nos últimos 20 anos.

– Todos sabemos do atraso tecnológico e industrial em que Portugal se encontra depois dos anos de 1980, quantas indústrias fecharam, em favor de multinacionais e interesses estrangeiros que nos colonizam descaradamente, à sombra da U.E.

– Todos sabemos das péssimas condições de trabalho das forças de segurança e das forças armadas.

Mesmo assim:

Foram escolhidos (supostamente …) dois presumíveis «radioamadores», que não sabemos quem são, para uma jornalista vir dar provas sobre o estado caótico em que se encontram as comunicações seguras das redes de radiocomunicações de segurança do estado.

Desta forma a jornalista do DN, culpa o Radioamadorismo português, pela devassa do espectro radioeléctrico, mas ignora os perigos reais, os traficantes de ilícitos, de droga e armas, as redes criminosas organizadas, inclusive o próprio terrorismo, e muitos outros factores, inclusive internos e que são focados por vários órgãos de informação.

Uma nota:

Em termos tácticos e de radiocomunicações seguras, nenhum sistema integrado é seguro, mais, do ponto de vista de qualquer perito militar em telecomunicações, é um erro estratégico, depositar numa qualquer rede (integrada) todos os meios das telecomunicações seguras e governamentais.

Recordamos que em Madrid, apenas 2 horas após o atentado aos comboios, nenhuma rede integrada funcionava, apenas por congestionamento de tráfego.

Imaginemos o que aconteceria em Lisboa, 1 hora após a ocorrência de uma ocasional calamidade ou eventuais actos de terrorismo, tendo por referência o célebre «apagão da cegonha» e tudo aquilo que aconteceu nas telecomunicações, foi uma mera falha de energia.

O ditado popular diz: «nunca se colocam todos os ovos na mesma cesta».

De referir que a generalidade dos técnicos, engenheiros e peritos em radiocomunicações tácticas, civis e militares, são amadores de Rádio reconhecidos pelas ANACOM. Assim como, a generalidade dos amadores de Rádio portugueses serviram ou servem ainda nos vários ramos das Forças Armadas e de Segurança Portuguesas, conforme a sua formação técnica e académica.

Foto do DN (a frequência indicada de 436 MHz é do serviço de amador).

 

 

Publicado em Proteccção Civil, SIRESP