No dia 15 de fevereiro, uma equipa de radioamadores, sócios da AMRAD, constituída por Victor Silvestre- CT1WO, Rui Rocha- CT2KJR e Jorge Matias- CT2HBZ, resolveram os problemas detetados no dia 12 com o novo sistema de antenas da nova estação de comunicações com o ISTSat-1, instalada em Caneças, num local de reduzido ruído na banda de frequências dos sinais recebidos do ISTSat-1. A equipa, altamente profissional, agora com a ajuda do especialista Jorge Matias, colocaram a estação remota completamente operacional e disponível para acesso remoto. Depois de pequenos ajustes, terminará, assim, a operação da instalação da nova antena, iniciada em 3 de janeiro, mas que foi sendo prolongada devido a condições atmosféricas desfavoráveis. Esta estação junta-se à estação CS5CEP da AMRAD, situada no IST, no Taguspark, à estação do colega Paulo Delgado- CT2GUR e à estação de Marco Dutras- CU7BC, nos Açores, contribuindo, assim, para a obtenção de quatro sinais de rádio que serão usados para minimizar os efeitos da reduzida potência dos sinais recebidos do ISTSat-1, aumentando a resiliência ao ruído eletromagnético.
Está a ser instalada uma nova estação de rastreio do ISTSat-1, em Caneças, numa propriedade do radioamador Victor Silvestre, CT1WO. A estação, dotada de controlo remoto, inclui uma nova antena de VHF, UHF. No dia 12 de fevereiro, CT1 WO, o colega Moisés Piedade e José Mateus, estudante de mestrado do IST, tentaram fazer os primeiros ensaios mas não tiveram o sucesso desejado, pelo que o sistema de antenas tem de ser verificado, o que ocorrerá no próximo sábado dia 15, da parte da tarde.
O José Mateus e CT1WO, detetaram ruido eletromagnético estranho, numa frequência um pouco distante da frequência de receção do ISTSat-1, onde, felizmente, o ruído era muito reduzido.CT1WO e José Mateus.
CT1WO ofereceu, ao colega Moisés Piedade, o material para fazer uma antena emissora e recetora para comunicar com o satélite QO100, Es’hail-2, que está numa órbita geostacionária, e é destinado à difusão de TV, mas que que está dotado de dois “transponders” para as bandas de radioamadores . O QO100 cobre cerca de 30% da superfície da Terra com uma extensão entre o Brasil e Tailândia, cobre a África, a Europa, o médio oriente e parte da Ásia e da Antártica. O satélite foi lançado pela SpaceX para a Qatar Satellite Company a partir do Centro Espacial Kennedy nos Estados Unidos no dia 15 de novembro de 2018.
Transponder 1- Linear de Banda Estreita(500 kHz) – Uplink: 2,400000 — 2,400500 GHz Downlink: 10,489500 – 10,490000 GHz e
Transponder 2- Linear de Banda Larga(8 MHz) – Uplink: 2,401500 – 2,409500 GHz e Downlink: 10,491000 – 10,499000 GHz
Zona de cobertura do QO100 para as comunicações de radioamadores. Antena para o QO100 fabricada pelo colega Victor Silvestre: Patch antena para 2,4 GHz e antena de 10 GHz fabricada com concentrador de nylon, num guia cilíndrico, acoplado a um pré-amplificador de baixo ruído.
O Museu Faraday do IST celebra 8 anos, após a sua inauguração, no dia 6 de fevereiro de 2025. Das 9 horas às 18 horas, do dia 6, o Museu espera os visitantes que quiserem ter a oportunidade de contactar com as últimas novidades do Museu. O Museu está aberto ao público todas as tardes de 2ª a 5a feira, mas podem ser agendadas visitas de grupos a qualquer dia e hora.
Exposição temporária de sistemas do ISTSat-1 existente no Museu Faraday.
No dia 9 de fevereiro de 2025 o ISTSat-1 faz 7 meses de vida no Espaço coabitando com cerca de 12000 satélites, de órbita baixa, na sua vizinhança . Só a rede Starlink tem 6000 satélites. A equipa do ISTSat-1 tem recebido inúmeros avisos de hipóteses de colisão, mas isto ainda não aconteceu.
Imagem da rede de satélites Starlink no dia 2 de fevereiro d 2025.
O Museu Faraday tem, também, em exposição uma estação de controlo do Posat, primeiro satélite português, lançado em 1993, que foi doada pelos seus criadores.
Estação portátil de controlo do Posat existente no Museu Faraday.
Há muitos “novos” antigos aparelhos no Museu que fizeram parte do ensino e da investigação realizada no IST e noutras instituições.
No Museu pode encontrar, também, novas experiências interativas.
A equipa de voluntários do Museu Faraday espera por si.
O IST NanosatLab e a AMRAD decidiram montar uma nova estação de rastreio do satélite ISTSat-1 na propriedade do Engº Victor Silvestre, em Caneças, num local classificado de baixo ruído eletromagnético (previamente caracterizado). A estação ficará sob comando remoto da estação AMRAD CS5CEP, localizada no IST Taguspark.
O Engº Victor Silvestre preparou o sistema de antenas e uma equipa de alunos do IST preparou o sistema de comunicações (rádios, TNC, computador e sistema de alinhamento das antenas, etc.).
Na tarde do dia 3 de janeiro de 2025, uma equipa da AMRAD, constituída pelos radioamadores Luís Rodrigues, Victor Silvestre, Rui Rocha e Moisés Piedade, prepararam as ligações dos dois cabos coaxiais, de comprimento diferente, que alimentam as duas antenas ortogonais. Teve lugar uma discussão científica, muito demorada e com várias iterações, sobre qual cabo se devia ligar a cada antena. O Jorge Matias (CT2HBZ) era para estar presente mas uma lesão num pé impediu-o de estar ao pé dos outros. Como não houve consenso fez-se uma chamada telefónica para o Jorge, a pedir uma opinião. O Jorge Matias decidiu e validou uma das opiniões.
Seguiram-se os preparativos para instalar as antenas na torre, bem alta. Devido ao mau tempo e à idade avançada dos quatro radioamadores (que somam 2,5 séculos) o resultado do trabalho ficou aquém do previsto.
Os 2 arneses foram usados pelos mais jovens (110 anos). O fotógrafo e o mestre de obra ficaram em Terra. A antena de comunicação Terra-Lua-Terra (EME) está em segundo plano.O sofisticado sistema de transporte dos elementos necessários no alto da torre.O mais jovem subiu mais alto, mas vários problemas mecânicos complicaram a acção.
Uma nova acção será realizada proximamente, talvez com a ajuda complementar de quatro humanos cuja idade somada não ultrapasse um século.
Mas, o Eng.º Victor Silvestre tinha uma surpresa, que estava prometida há algum tempo, e que entregou ao colega Moisés Piedade: uma pesada caixa doada ao Museu Faraday do IST, cujo conteúdo se encontra na imagem seguinte.
Sistema EPSI desenvolvido no INETI – Optoeletrónica.
Foram feitas algumas unidades deste sistema integrado pelos Engºs José Cabrita Freitas e Victor Silvestre, nos anos de 1993 a 1995, destinadas a algumas instituições para seguirem o POSAT.
O POSAT, lançado em 1993, um paralelepípedo com 58x35x35 cm, pesava 50 kg. Numa órbita a 800 km de altura teria uma vida prevista até ao ano de 2046 mas, em 2006, deixou de ter comunicações de rádio, mas continua em órbita na sua longa descida para a Terra.
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