Dia de campo da AMRAD

No dia 26 de julho um conjunto de radioamadores participou num Field Day da AMRAD realizado na Quinta Fazenda Nova, em Palmela, propriedade do nosso colega João Caria CT1FGW. Entre as várias atividades, que se iniciaram pelas 11 h da manhã, destacaram-se várias discussões técnicas, as comunicações via Satélite QO-100 e as comunicações via reflexão Lunar. Claro que houve também várias discussões técnicas acaloradas durante o excelente almoço.

A atividade teve a participação de uma fantástica equipa do Grupo Português de DX. Começaram por instalar e afinar as várias antenas para fazerem comunicações através do satélite QO-100, protegidos do Sol abrasador pela sombra de vários chapéus instalados em suportes improvisados.

Depois de várias tentativas de acerto da orientação das várias antenas e amplificadores LNB, os primeiros sinais do QO-100 mostraram que este ainda está bem vivo.

Fig. 2 – Como é normal, os jovens sentados e os seniores de pé.

Foram usados, com sucesso, alguns equipamentos da empresa portuguesa DXpatrol que complementavam os rádios mais tradicionais. Mas já com o aroma do futuro almoço ainda deu para fazer uns QSO´s através do satélite QO-100.

Finalmente as habilidades dos homens do gpdx e o QO 100 permitiram fazer vários brilharetes. Ver vídeo.

Mas o almoço já esperava a algum tempo, estava muito ansioso e a equipa fez-lhe a vontade.

A estrela da companhia era uma pequena antena com 7 m de diâmetro que já tinha sido restaurada pelo João Caria depois de, no passado, ter sido vitima de uns puxões indevidos enquanto estava presa. Mas ela orientou-se bem para a Lua que, nessa hora, estava quase na direção do Sol.

Enquanto a antena se orientava lentamente para a Lua a equipa resolveu interferir com o diagrama de radiação da antena. O Sol queimava mesmo, e até o famoso chapéu do Arménio Ferreira, já com 7 vidas gastas, aguentou o embate.

Mesmo com Sol abrasador alguns bravos aguentaram sem chapéu.

Depois foi a maratona lunar. O João Caria controlou da sua estação a pequena antena maximizando o ruido lunar e enviou várias mensagens analógicas para a Lua, tendo recebido, com sucesso, os respetivos ecos.

Fig. 1 Mas a Lua acabou por fazer o seu papel e respondeu ao João Caria – Ver Vídeo.

O Victor Silvestre, que estava presente na sala, controlou remotamente através do seu telefone móvel o seu sistema de comunicação por reflexão lunar, instalado em Caneças, e o João Caria recebeu, vindo da Lua o sinal digital originado na sua sala 5 m ao seu lado, depois de ter andado no Espaço 720 000 km.