Antena Gigante de pé, de novo.

A tempestade Martinho fez alguns estragos na antena gigante de receção do ISTSat-1. A equipa do ISTSat-1 tem vindo a restaurar elementos (dipolos e elementos estruturais) para colocar em funcionamento, de novo, a antena.

Ontem, numa tarde muito ventosa, a equipa colocou no ar esta antena gigante, entretanto restaurada. A antena é constituída por dois pares de antenas, em que cada par é, por sua vez, constituído por duas antenas ortogonais colocadas em fase de modo a terem polarização circular e poder receber os sinais do ISTSat-1. Estes sinais, devido ao efeito de Rotação de Faraday podem chegar à estação de rastreio CS5CEP, situada no ISTTaguspark, com qualquer polarização. No total, a antena gigante tem 44 elementos eletromagnéticos onde se incluem quatro dipolos dobrados, colocados com o seu plano paralelo ao plano da respetiva antena.

A equipa do ISTSat-1 agradece a excelente colaboração da empresa STEP, especialista em estruturas de materiais compósitos em fibra de vidro, não só pela dádiva dos elementos de fibra mas, muito especialmente, pelos sábios conselhos do Eng.º Ruano, que esteve sempre disponível para ajudar a equipa.

Antena gigante reinstalada no dia 25 de abril de 2025. Foto tirada pelas 20 h do dia.

Muitos elementos radiantes da antena tiverem de ser restaurados ou ser fabricados de novo.

Alguns estragos nos elementos radiantes.
“Jig” para fabricação precisa dos novos elementos radiantes.
Ensaio da estrutura no átrio do ISTTaguspark.

A estrutura em compósitos de fibra de vidro começou por ser ensaiada no átrio do ISTTaguspark e depois foi desmontada para poder transportar as diferentes partes da antena para o telhado do edifício do IST Taguspark, pelo exterior do edifício, usando um cadernal improvisado.

Subida controlada de partes da antena gigante.

No telhado do edifício do ISTaguspark foram juntadas as diferentes partes da antena gigante no dia 25 de abril, numa tarde particularmente ventosa e fresca.

Juntando peças da antena gigante.

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Museu Faraday e o Espaço

Nem uma mente prodigiosa como a de Michael Faraday poderia crer que em 2024, duzentos anos depois de Faraday ter descoberto que a eletricidade poderia ser convertida em energia mecânica através do motor que tinha criado, a Terra pudesse ter mais do que o satélite natural – a Lua. Hoje a Terra convive com milhares de satélites artificiais e um deles tem a marca IST – O ISTSat-1.

O museu Faraday vai expor brevemente uma coleção de fotografias originais relativas à conquista do Espaço. Esta exposição temporária vais ser acompanhada das esculturas permanentes : “Cegonha&Garça- Transportadora Espacial”, ISTSat-1 Tower e o expositor Ruben&Balua. As duas primeiras esculturas são interativas e têm uma pitada de Inteligência Artificial com contextos limitados.

A escultura Cegonha&Garça

A escultura Cegonha&Garça foi começada no dia 9 de setembro de 2024, dois meses depois do ISTSat-1 ser lançado no Espaço pelo foguetão Ariane 6, no seu voo inaugural, e exatamente 20 anos depois do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e Computadores do IST ter financiado o primeiro equipamento para rastrear e seguir satélites, no IST Taguspark. A colaboração com a AMRAD começou em 2006. A escultura será interativa com humanos e conhece todo o passado que levou à criação do ISTSat-1, mas os detalhes técnicos sobre o ISTSat-1 passa-os para a escultura ISTSat-1 Tower.

A escultura ISTSat-1 Tower

Esta escultura é um expositor interativo com 12 módulos eletrónicos, alguns são de desenvolvimento intermédio e outros são módulos finais, iguais aos que estão no IST Sat-1, a 580 km da Terra.

A ISTSat-1 Tower procura responder a questões técnicas de constituição, funcionamento e de operação do satélite ISTSat-1. A escultura tem 3 fases de desenvolvimento: Fase I – a fase de expositor; a Fase II que envolve a introdução do sistema eletromecânico que produz algumas interações mecânicas e óticas, a pedido do utilizador e a Fase III de aprimoramento do software de controlo. Neste momento a escultura está entre a fase I e a Fase II de desenvolvimento.

O Expositor Ruben&Balua

Este expositor relembra os primeiros ensaios de componentes que iriam ser usados no Computador de Bordo do ISTSat-1, desenvolvido pelo aluno do IST Ruben Afonso, que foram testados a mais de 30 km da Terra, a bordo de um balão estratosférico do projeto Balua. Pode ver aqui o vídeo da experiência, vídeo realizado pelo Ruben Afonso em 2016.

O filme “2024 IST odisseia no Espaço” vai retratar a experiência de criação e construção do ISTSat-1 desde setembro de 2004 e terá apresentação na sala Faraday na comemoração do primeiro ano de vida do ISTSat-1 no Espaço.

Algumas referências antigas (2008 e 2010) TV Ciência, RTP, Correio de Oeiras

A Cegonha e Garça

ISTSat-1 Tower- Fase I.

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Receção do ISTSat-1 depois da tempestade Martinho

A tempestade Martinho, muito intensa na região de Lisboa, produziu estragos consideráveis na principal antena (antena gigante) de receção das comunicações do ISTSat-1, localizada nas instalações do IST no polo do Taguspark. Por estar fora de Lisboa, a tempestade teve pouco impacto nas antenas da estação do colega radioamador Paulo Delgado, CT2GUR, que continuou a receber os dados e a comunicá-los à equipa do ISTSat-1.

A antena gigante, constituídas por duas antenas Yagi com polarização circular (cada uma delas constituída por uma antena vertical e uma horizontal, desfasadas de 90º), mesmo estando rebaixada numa posição de proteção, não resistiu aos fortes ventos que dobraram um tubo de aço com cerca de duas polegadas de diâmetro, partiu vários dipolos das antenas e estragou algumas peças em material compósito de fibra de vidro.

Os colegas Moisés Piedade e Rui Rocha repararam algumas peças das antenas e recentemente pediram ajuda à empresa STEP, que graciosamente tinha cedido as peças em fibra de vidro, e a empresa, pela mão do CEO, Engº Ruano, cedeu agora peças alternativas que obrigaram a algumas modificações, sugeridas pelo Engº Ruano.

Cada antena é constituída por 3 partes: traseira, central e frontal. Aquipa do ISTSat-1 fez a montagem provisória das partes traseira e central no átrio do IST Taguspark, em frente à estação CS5CEP, para colar as partes de compósito de fibra de vidro nas posições corretas.

Posicionamento das partes da antena gigante.

As antenas ficarão nesta posição durante cerca de 36 h e depois proceder-se-á à desmontagem para serem transportadas para o telhado do edifício onde as secções frontais das antenas serão adicionadas às duas secções (traseira e central).

Antenas na fase de colagem.
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Dr. Isaltino Morais visita NanosatLab do IST

O nano satélite ISTSat-1 faz hoje, dia 9 de abril, 9 meses de vida no Espaço, continuando a operar e a comunicar com a Terra transmitindo os seus dados vitais fundamentais. A tempestade Martinho destruiu a principal antena de comunicação com o satélite, situada no edifício do IST Taguspark, antena que está agora a ser restaurada. Os dados vitais do satélite tem sido recebidos e enviados à equipa, pelo radioamador Paulo Delgado, CT2GUR, com uma estação, localizada fora de Lisboa, que não foi afetada pela tempestade.

A equipa do ISTSat-1 ofereceu alguns expositores com réplicas, não funcionais, do ISTSat-1, a várias entidades que foram relevantes no desenvolvimento do satélite e na autorização da licença para ser lançado no Espaço.

Foram oferecidas réplicas ao Conselho de Gestão do IST, à Câmara de Oeiras, à Profª. Elvira Fortunato (ex ministra) e à PTSpace (a ser entregue brevemente).

No dia 7 de abril o Senhor Presidente da Câmara de Oeiras, Dr. Isaltino Morais visitou o NanosatLab, o Laboratório onde foi desenvolvido a maior parte do ISTSat-1, no edifício do IST no Taguspark. No desenvolvimento do satélite participaram também os Laboratórios do INESC-ID e do Instituto de Telecomunicações, situados em Lisboa.

Visita divulgada pelo IST.

Visita do Dr. Isaltino Morais, vista pelo próprio, publicada no Instagram.

Visita do Dr. Isaltino Morais, vista pelo próprio, publicada no Facebook.

O Dr. Isaltino Morais mostrou-se entusiasmado com a visita e manifestou a disponibilidade para a Câmara de Oeiras apoiar, quer estudantes de pós-graduação, quer o trabalho de I&D desenvolvido pela equipa na área dos nano-satélites realizados no concelho de Oeiras.

No fim da visita, a equipa do ISTSat-1 ofereceu um pequeno quadro explicativo do interior do ISTSat-1 para que seja colocado ao lado da réplica que anteriormente tinha sido oferecida à câmara de Oeiras.

Detalhe do interior do ISTSat-1.

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Expositor do ISTSat-1 oferecido à Prof. Elvira Fortunato

No dia 25 de março, o Eng.º Ricardo Conde, Presidente da Agência Espacial Portuguesa, fez uma excelente apresentação sobre a exploração do Espaço e os problemas e desafios que esta origina. A palestra estava integrada nos Nanomat-Talks do CENIMAT. No final da apresentação, uma equipa do Técnico NanosatLab, que esteve envolvida no desenvolvimento do ISTSat-1, constituída pelos Profs. Rui Rocha, Moisés Piedade e o jovem doutorado João Paulo Monteiro, ofereceram uma réplica do ISTSat-1 e um expositor à Prof. Elvira Fortunato, como agradecimento pelo apoio que deu à equipa, enquanto ministra do governo português, na resolução de problemas burocráticos que quase iam impedindo o lançamento do ISTSat-1 no voo inaugural do foguetão Ariane 6.

Expositor da réplica do ISTSat-1.

O expositor tem um espelho que permite ver a parte de baixo do ISTSat-1 e que contém a antena do receptor de ADS-B.

Espelho na base do expositor.

Profa. Elvira Fortunato e a réplica do ISTSat-1 acompanhada de Rui Rocha, Ricardo Conde, Moisés Piedade e João Paulo Monteiro.
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Tempestade Martinho faz estragos nas antenas da CS5CEP

A tempestade Martinho com os seus fortes ventos fez alguns estragos na Antena Gigante usada para comunicar com O ISTSat-1, apesar de esta estar em baixo e bem amarrada .

As antenas da Antena Gigante estão agora a ser reconstruídas.

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