400 dias do ISTSat-1 no Espaço
Na última 4a feira, dia 13 de agosto, o ISTSat-1 cumpriu 400 dias da sua missão no Espaço, a 560 km de distância da superfície da Terra. O ISTsat-1 têm uma massa pequena e, como consequência, a energia cinética armazenada no lançamento, não é grande. Todavia, como a sua superfície e das antenas é pequena, as partículas existentes na sua órbita não oferecem um atrito elevado, pelo que se estima que esteja vivo vários anos, antes de se aproximar da atmosfera terrestre, o que provocará a sua destruição.
Neste momento, o ISTSat-1 é o mais antigo satélite português, vivo no Espaço.
No dia 9 de julho, o IST preparou uma cerimónia de festa, comemorativa do ano de vida do ISTSat-1 no Espaço, no polo do IST do Taguspark onde o satélite foi concebido e fabricado.
Nesse dia, o satélite completou 5500 voltas em torno da Terra e a primeira volta em torno do Sol. A cerimónia teve a participação de várias entidades, nomeadamente da direção do IST, de entidades relacionadas com a exploração do Espaço e uma representação da Câmara Municipal de Oeiras.
O evento ficou recordado pelas intervenções dos participantes e pelo registo fotográfico da cerimónia.
Na cerimónia esteve em exposição uma réplica do ISTSat -1 e um demonstrador, designado por ISTSat-1 Tower, onde estão expostos vários componentes do ISTSat-1, que foram desenvolvidos entre 2013 e 2019. Alguns destes módulos foram certificados para Espaço e são exatamente iguais aos que estão em operação no ISTSat-1.
A ISTSat-1 Tower está, agora, em exposição na sala Marconi do Museu Faraday do IST, junto da estação móvel de comunicação com o POSAT que foi o primeiro satélite da Terra financiado pelo Estado Português, em 1993.


A receção dos sinais do ISTSat1
A receção dos sinais do ISTSat-1 na estação CS5CEP, no ISTTaguspark, não está fácil devido à existência de interferências (ruído) eletromagnético provocado por um painel publicitário de vídeo a LEDS, de grandes dimensões a poucos metros das antenas de receção do ISTSat-1. As medidas efetuadas pela equipa do IStnanosatlab mostram que o painel não cumpre as normas internacionais de radiação eletromagnética e a autarquia de Oeiras já interveio de modo a desligarem o painel, mas este voltou a operar. Com a moda de instalar estes painéis publicitários, poluentes da informação e responsáveis pela distração dos condutores de automóveis, está a acontecer também uma enorme poluição eletromagnética que dificulta as comunicações por rádio. Já em 2018, dois investigadores russos, começaram a lutar contra a invasão da cidade de Moscovo por estes painéis, mas parece que não tiveram grande sucesso.
Como exemplo, numa passagem do ISTSat-1 realizada no dia 16 de agosto, por volta das 18 h e 08 minutos, na órbita representada na figura anexa, usando a nova antena gigante, a interferência do painel foi tão forte (depende do conteúdo do vídeo), exatamente na frequência de receção do ISTSat-1, que inviabilizou os dados recebidos durante quase toda a passagem.
