O número máximo de estações licenciadas em Portugal alcançou 5.418 postos emissores no ano de 2005, e tem vindo a diminuir progressivamente, atingindo agora 5.360. Um decréscimo de 1,08%.
Estes números revelam da diminuição do número de cidadãos e jovens, que em Portugal, não são sequer motivados e apoiados para a prática de actividades centradas na cultura da tecnologia e ciências radioeléctricas.
Portugal tem cerca de 5,5 milhões de cidadãos na vida activa, para uma população de cerca de 11 milhões de habitantes, logo apenas 0,05% dos cidadãos nacionais se dedicam a este modelo de actividades ocupacionais.
O rácio aumenta, se consideramos apenas a população profissionalmente activa, sendo excluídos destas actividades os jubilados e, em geral, as crianças e jovens em idade escolar e à procura do primeiro emprego, nessas condições a percentagem subiria para 0,1%, considerando apenas a população activa, entre os 25 e 65 anos de idade.
Do nosso ponto de vista (esta apreciação reflecte apenas o entendimento da AMRAD) o facto de que, entre o movimento associativo do radioamadorismo português, não serem promovidas junto das escolas, programas e acções de sensibilização, destinados a crianças e jovens, suscitando-os para este modelo de ocupação dos tempos livres, com forte pendor desportivo, lúdico, educativo e formativo, quer cívico, cultural e humanitário, quer tecnológico e científico.
Nunca o Radioamadorismo, na sua essência maior; se resumiria apenas, ao facto de se comunicar e competir, como aquilo que algumas correntes desportivas lhe impuseram e o quiseram tornar nos últimos 30 anos. O Radioamadorismo, está, como se sabe histórica e culturalmente, muito para além dessa mera circunstancia de se competir, através de uma simples e ocasional troca de sinais e pontos de qualificação, para obtenção de diplomas e taças.
Infelizmente, não existe em Portugal, uma estrutura federativa, que funcione conforme a legislação representativa, nem sequer, e menos ainda, que seja legal à luz da Constituição da República Portuguesa. Disso são responsáveis, todos os titulares do serviço de amador e serviço de satélite de amador. Disso beneficiam, alguns organismos nacionais, da administração central e local. Com isso perdem o Radioamadorismo Português e todos os Amadores de Rádio, individual e colectivamente.
Os dados estatísticos, revelam que o total parcial das Estações Emissoras do Serviço de Amador e Amador de Satélite são os seguintes:
Continente – máximo de estações licenciadas em 2005 era de 4.639, diminuindo para 4.605 no ano de 2007.
Açores – máximo de estações licenciadas em 2002 era de 624, diminuindo para 550 em 2007.
Madeira – máximo de estações licenciadas em 2002 era de 217, diminuindo para 205 em 2007.
Estimativa do número de Amadores de Rádio actualmente filiados no movimento associativo português:
No quadro confederativo da IARU:
Portugal não dispõe de nenhum organismo federativo, caminhando faz mais de 35 anos, ao arrepio da generalidade das antigas sociedades europeias confederadas neste organismo internacional.
Esta situação de imposição e monopólio, de regime único, é como se sabe ilegal e anticonstitucional. Tanto mais grave, porque dentro do mesmo quadro, exclui e impede de forma abusiva, outras associações de contribuir e participar livremente, com igualdade de direitos e deveres federativos.
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