Na imagem de cima um contraste, o dos elementos na tranquilidade e segurança de um porto de abrigo, em confronto, com as imagens do vídeo em baixo.
Resultando desta experiência de velejar e cruzar oceanos, foi quando um grupo de decanos do radioamadorismo, investigadores e profissionais de engenharia em rádio e telecomunicações, faz muitos anos dedicados às temáticas da vela e da navegação de oceano, todos eles titulares de um certificado de amador (CAN), criaram desde os anos de 1980 uma rede internacional de radiocomunicações de emergência autónoma (maritime net), capaz de suportar a transmissão automática de mensagens digitais, iguais aos sistemas hoje empregues nas redes da Internet.
O sistema funciona com base no Pactor e dispõe de diferentes velocidades de comunicação entre 300 a 2.400 Bauds. Associadas a esta rede, existem outras que dispõem de tecnologias de multiplexagem capazes de suportar links de HF com velocidades de comunicação a mais de 9600 bauds, configuradas com wave forms que suportam standards NATO tipo STANAG 5066, 4539 e 4285 (exemplos em baixo).
As redes estão interligadas e podem garantir ligações autónomas de qualquer parte e com qualquer ponto do globo terrestre e ou até fora dele. Estão independentes das cada vez mais dispendiosas redes de telecomunicações comerciais. Esta é a grande vantagem da integração modular destes sistemas, a sua absoluta independência e autonomia, gratuita.
Os pontos de acesso rádio existem dispersos por todo o mundo, em diferentes faixas de frequência, de HF, VHF e UHF para as ligações locais e costeiras.
Nas imagens em cima, os icons a verde assinalam as posições marítimas de diferentes deslocamentos terrestres e de embarcações que cruzam os oceanos, em África e na Europa, sem disporem de quaisquer ligações com redes comerciais de telecomunicações.
O serviço emissor dos postos de amador está habilitado em todo o mundo a suportar este tipo de telecomunicações, para efeitos de socorro e apoio à imergência, só em Portugal é que nunca foram implementadas tais medidas alternativas, deverá ser o único país ou dos raros países europeus, exclusivamente baseado em redes digitais das telecomunicações publicas e comerciais, preocupantemente falíveis em caso de catástrofe e congestionamentos de tráfego.
A tecnologia alternativa ora referida, é suportada pela independência e autonomia nas ligações analógicas e digitais, ela tem sido empregue por algumas forças militares nacionais em exercícios de treino e qualificação a título meramente experimental e educativo. Os únicos utilizadores nacionais permanentes são de facto estes operadores amadores e as suas estações do serviço de amador e amador de satélite licenciadas em Portugal pelo ICP-ANACOM.
Graças ao esforço e dedicação de alguns membros da AMRAD, Portugal pode dispor desde Julho de 2012 de uma estação de HF permanente, que garante o suporte automático dessas comunicações digitais, dotada de uma BBS para correio electrónico e meteorologia, capaz de cobrir as áreas da Europa e África, no Atlântico Norte e Sul.
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