O Sol está numa depressão, está afundado no mais baixo ciclo de actividade solar, que ocorreu durante este século, é um período com o menor número de manchas solares.
A comunidade científica, talvez só agora tenha conseguido compreender o motivo dessa crise, a do declínio solar.
Investigadores supõem que o problema tenha origem num jet stream que circula em profundidade no interior do sol, sendo mais lento na sua circulação periódica de onze anos, que noutros períodos da sua habitual circulação interior no Sol, dando origem à actual falta de manchas solares, de fundamental importância para a ionização das camadas da Ionosfera.
O National Solar Observatory situado em Tucson, no Arizona, empregou recentemente uma técnica denominada helio sismologia para detectar e monitorizar o referido jacto solar, até profundidades de 7.000 km abaixo da superfície do Sol.
Sabemos que o Sol gera novos jet stream nas proximidades dos seus pólos em cada 11 anos. Esses fluxos de plasma migram lentamente (semelhantes a correntes oceânicas) a partir desses pólos para o equador solar, e quando o jacto atinge uma latitude crítica de cerca de 22 graus, em ambos os hemisférios solares, produz-se um novo ciclo de produção de manchas solares.
Ocorre que a corrente associada com o próximo ciclo solar foi deslocada, e demorou três anos para cobrir um intervalo de latitude de 10 graus em comparação com apenas dois anos previstos, conhecidos de anteriores ciclos solares. Essa corrente estará agora a atingir o nível crítico da latitude, prevendo-se um retorno da actividade solar nos próximos meses, prosseguindo depois os 11 anos do próximo ciclo solar até um máximo por volta do ano de 2014.
O actual mínimo solar tem sido tão longo e profundo, que levou alguns cientistas a especular se o Sol pudesse estar a entrar num longo período de ausência na produção de manchas solares, semelhante ao mínimo que ocorreu no século 17. Estas novas conclusões excluem essas preocupações. O dínamo magnético do interior do Sol ainda funciona, e o ciclo das manchas solares não estará interrompido.
A corrente não é visível da Terra, porque passa por debaixo da superfície do Sol, mas é através das análises da pressão que se estudam as vibrações da superfície solar, sendo assim possível descobrir o que acorre dentro da superfície do Sol, de forma similar às técnicas empregues para estudar a superfície terrestre.
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