O radioamadorismo de satélite na moderna engenharia

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Muitos observadores andam há 25 anos a declarar a morte anunciada do Radioamadorismo, contudo, se o fenómeno do radioamadorismo comunicativo e desportivo no âmbito da telefonia por rádio (radiotelefonia) está em declínio, em virtude das crescentes ofertas e facilidades nos serviços da Internet e GSM, a grande verdade é que o Radioamadorismo Técnico e Científico se mantém vivo e muito activo.

O Amador de Rádio sustenta e movimenta a base da moderna engenharia, através do estudo e investigação das ciências radioeléctricas contemporâneas, considerando que a radioelectricidade é uma ciência muito jovem e em crescimento, embora o seu emprego se tenha banalizado, ao ponto de deixar de ser uma aventura atractiva, para todos aqueles que vêem nele um mero meio de transmissão, para a comunicação, desportiva ou informativa, quando essa comunicação se obtém no imediato por vias alternativas, suportadas por meios físicos de transmissão, como as tradicionais redes filares e fibras ópticas.

Assim, o Radioamadorismo está a diminuir em número, mas a crescer em competências e conhecimento, numa acção continuada das novas gerações dos profissionais e investigadores que tem no amadorismo da rádio, o lugar de estudo e desenvolvimento das tecnologias de ponta.

O radioamadorismo terrestre e espacial continua a progredir nas suas múltiplas facetas e disciplinas, 1) desportivo e comunicativo 2) tecnológico e científico, sempre assim foi, uns estudam, outros empregam e exploram, em concurso, em serviço público.

É reconhecido o esforço intelectual das modernas sociedades, das ONG ligadas à educação e ciência que tem no Serviço de Amador e Amador de Satélite um meio de promover a cultura científica.
São no geral os organismos ligados à AMSAT, e fora da IARU, são moderníssimas organizações focadas no desenvolvimento futuro que tem na educação o seu maior esforço institucional e cívico.

Sendo este o futuro do Radioamadorismo que não é desportivo, ao arrepio de outras modalidades, igualmente legítimas, que estão em concurso, manifestamente fechadas, arredadas por imposição dos seus utilizadores/consumidores que se mantém estratégicamente distantes do dever e do direito dessa prestação educativa por uma contribuição científica, quando todos se deveriam unir no estudo e desenvolvimento da Rádio.

Talvez sejam opções redutoras, que resultam desse lamentável movimento perpétuo, criado à margem da auto-aprendizagem que o Radioamadorismo nos oferece há mais de um século.

Publicado em AMRAD, AMSAT, ARISS, ARISS Portugal, Radioamadorismo