Despertar e interessar os jovens pela Universidade

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O antigo regime quer política, quer conjunturalmente, impediu liminarmente que muitas dezenas de milhares de jovens, dotados de capacidades e vocações, tivessem aceso à formação técnica e universitária. A presente democracia parlamentar, apesar dos direitos consagrados na Constituição, também não tem facilitado esse acesso, até pelo crescente e preocupante empobrecimento da população portuguesa.

É importante que as autarquias, possam criar lugares alternativos a espaços e modelos ocupacionais dos tempos livres escolares, onde muitas vezes os jovens perdem por ano, centenas de horas, em práticas e estilos de vida menos saudáveis e até de risco.
É urgente e necessário que a administração local, ajude a criar espaços que tenham por fim, despertar nas crianças e jovens, esse gosto pelos estudos, pelo saber e conhecimento.
A criação e a partilha de salas, com outras associações, poderiam potenciar esses factores de integração e protecção, ajudando a criar alternativas, e a despertar nas crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 5 e 15 anos de idade, o gosto pelas coisas ligadas com ciência e tecnologia, precisamente, através de actividades e jogos temáticos, onde lhes seja possível brincar e aprender coisas interessantes, que os ajudem depois a fazer mais e melhores escolhas para a vida activa.

No período da formação básica de uma criança, apenas 5 anos de atraso estrutural, num qualquer programa de ensino ou numa estrutura escolar e curricular menos bem ajustada, são suficientes para desmotivar dos estudos uma criança ou jovem.

A AMRAD nos mais de 15 anos de actividade que tem desenvolvidas no concelho de Oeiras, verifica que apenas uma minoria de crianças e jovens finalistas dos 4º, 9º e 12º anos do ensino básico e secundário, querem, objectivamente, frequentar uma carreira ligada à ciência e tecnologia.

Questionamos então, como é possível que Portugal, detenha daqui a 10, 20 ou mesmo 50 anos, mais capacidade industrial e mais meios tecnológicos, que lhe permitam criar riqueza e indústria competitiva, projectada além das tradicionais a antigas actividades económicas.

Muitas autarquias, tem promovido, com mais ou menos populismo, políticas exclusivamente focadas nas actividades dos tempos livres, de maior pendor lúdico e recreativo, esquecendo que é hora de promover educação e trabalho, com empenho, mas que tenha por fim divertir, com orientação pedagógica e criação de retornos e mais valias sócio económicas.

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Nesta linha, estão inseridas as actividades associativas que temos vindo a desenvolver dentro do concelho de Oeiras, a totalidade das quais, sem apoios, sem acolhimento e sem a simpatia e respeito das autoridades locais.

Dentro de algumas semanas, membros da AMRAD, pais e munícipes do concelho de Oeiras, alunos do ensino secundário e universitário, querem ajudar a envolver crianças do ensino básico que estudam em freguesias do Nosso concelho, levando-as a passar uma jornada, dentro de uma universidade, onde professores, profissionais de engenharia, alunos, jovens e crianças, ao lado dos pais, familiares e amigos, irão aprender novos temas e fazer actividades tecnológicas, que noutras condições não teriam acesso.

Mais, vão partilhar experiências e conhecimentos, ao mesmo tempo, e através de diferentes meios de comunicação, áudio e visual, ligadas com outras escolas e outras comunidades europeias, igualmente envolvidas, com as suas escolas e comunidades.

É já no dia 29 de Março o dia da «escola aberta à universidade e à ciência», onde em lugares diferentes da União Europeia, crianças, familiares e amigos, de diferentes comunidades e línguas, demonstram que podem aprender e ensinar ciência e tecnologia.

Esta iniciativa tem o apoio do Instituto Superior Técnico, sedeado no Parque de Ciência e Tecnologia de Oeiras.

Publicado em AMRAD