A problemática educativa da qualificação funcional e tecnológica das crianças e dos jovens que nascem e vivem no concelho de Oeiras, é um problema recorrente, que tem mais de 50 anos de existência.
Este não é apenas um assunto de falta de estruturas imobiliárias, é sim, um grave problema estrutural e programático, de ausência de políticas de educação, que terá de ser renovado, tem de ser desenvolvido e sustentado de forma interdisciplinar e integrada.
A AMRAD foi criada por alguns jovens naturais e residentes no concelho de Oeiras (que aqui nasceram há mais de 30 anos) precisamente com o fim alternativo de aqui se poder promover a Cultura da Ciência e da Tecnologia, e com isso, poder vir a criar espaços temáticos, focados nessa cultura, em termos de saberes e conhecimentos multidisciplinares, mas também para treino e formação funcional e técnica.
São coisas multidisciplinares que também podem ser feitas na rua, ou em vãos de escada, a ver pelo alheamento e pela indiferença de alguns responsáveis da autarquia sobre políticas de educação e juventudes, tanto mais, quando não se trata de uma coisa popular, como desporto e folclore.
Educação, é sem dúvidas uma coisa essencial ao desenvolvimento da sociedade e do nosso concelho. Disso não temos a menor dúvida.
Sabendo do esforço que muitos organismos políticos da administração central, tem vindo a colocar neste assunto, nos últimos 10 a 20 anos, muitas vezes forçados, em virtude das políticas externas de desenvolvimento comunitário da União Europeia, apenas por esse motivo. Para muitos o folclore bastaria.
Na imagem, os pais acompanham os filhos, numa jornada de tecnologia e ciência, realizada durante o projecto da AMRAD denominado de «ESCOLA ABERTA» e que foi realizada no observatório aeroespacial de Oeiras. São munícipes residentes na interioridade do concelho, a freguesia de Barcarena, um lugar sem meios e sem infra-estruturas alternativas.
Neste contexto, a AMRAD avança e recua, perante a indiferença das entidades oficiais que detém responsabilidades na educação. A AMRAD conquista para a cultura da ciência e tecnologia, algum espaço de intervenção pedagógica e técnica, mais próximo do ensino universitário, mas perdeu intervenção junto do ensino básico e secundário, por impossibilidade de prosseguir o trabalho de sensibilização que desenvolvia através do Observatório Aeroespacial de Oeiras, instalado desde 2000 no Centro de Juventude Oeiras.
Março de 2007, um grupo de alunos e de pais, fazem uma jornada de tecnologia, no Observatório Aeroespacial de Oeiras, instalado no Centro de Juventude de Oeiras.
Foi um grupo de cidadãos, maioritariamente munícipes de Oeiras, que criaram a AMRAD precisamente para difundir essa cultura de ciência e tecnologia, logo a partir do ensino básico, junto das crianças acima dos 6 anos de idade, justamente com o fim de despertar nelas o gosto pela ciência e tecnologia, uma missão que a AMRAD conduzia com relativo sucesso (face aos meios que dispunha) e que agora, desde Março de 2007, a autarquia interdita, retirando recursos de intervenção e desenvolvimento.
Sem opções, a AMRAD prossegue.
Agora vai para a rua, directamente para as escolas, sem apoios e sem meios adequados, mas contínua, na esperança de que, um dia, em Oeiras, possam existir infra-estruturas culturais alternativas, às seculares colectividades recreativas, esperando que hajam outros lugares onde seja permitida a liberdade de optar por actividades e espaços de educação e de outras culturas, tais como a científica, tendo por fim a qualificação pessoal, do cidadão e do jovem, na busca de mais e melhor bem-estar, ao invés de sempre recreio e lazer, num país que necessita de trabalho e criação de riqueza para todos.
Quem luta por estes direitos, não deve ser punido, nem pode ser excluido.
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