O termo SDR (Software Defined Radio) surge pela primeira vez em 1991, emerge da crescente necessidade de integrar a rádio com o processamento digital dos sinais emulando diferentes rádios para fazer a cobertura de vastas gamas de espectro radioeléctrico.
A evolução dessas sucessivas aplicações, permitiu incorporar nas radiocomunicações militares novos códigos de modulação, possibilitando de seguida, quer a transmissão, quer a comunicação segura, duas formas de integrar distintos módulos de segurança.
Portugal através da Industria da Defesa Nacional inicia logo em 1992 este longo processo, foi quando a EID, SA deu início à investigação e ao desenvolvimento de um moderno rádio táctico para as forças armadas portuguesas. No presente, Portugal dispõe do mais pequeno e versátil CNR (combat net radio) existente no mercado das radiocomunicações militares, o sistema opera entre 1.5 e 512 MHz e dispõe de módulos de segurança transec e comsec, permitindo a configuração de qualquer serviço de voz e dados, mediante a simples instalação de software.
É neste contexto da nova era da Rádio com Comunicações Digitais que o Ministério da Defesa com o apoio e participação de diferentes empresas nacionais, realiza no dia 7 de Abril, no Instituto de Estudos Superiores Militares – IESM, um workshop sobre as tecnologias e aplicações do SDR, repartido por dois painéis:
1 – SDR e o Futuro das Comunicações
2 – Estado da Arte
Estes projectos de SDR tendem a permitir maior flexibilidade, melhor controlo da interoperabilidade dos sistemas empregues pelas forças em acção num TO (teatro de operações) ligando diferentes redes, suportando todo o tipo de informações provenientes de ligações com meios terrestres, satélites, aeronáuticos e marítimos.
O grande senão, é a exigência de links com melhor estabilidade e maior relação sinal ruído, impondo melhor planeamento das missões, mais e melhores conhecimentos quer sobre software, quer sobre as radiocomunicações em geral, essencialmente de propagação e antenas, garantia da qualidade e suporte dos múltiplos links radioeléctricos, pois tudo o resto são comunicações automáticas, suportadas por sistemas de rádios cognitivos.
Novos padrões SDR estão a ser criados com base no SCA (Software Communications Architecture) que é suportada por sistemas operativos que controlam diferentes módulos de software, ampliando a capacidade de expansão das comunicações em operações militares e outras.
Investigadores ligados às universidades e indústria, tem através do Serviço de Amador de Satélite, dado relevantes contributos ao desenvolvimento e aplicação destas novas tecnologias que colocam a Rádio dentro do computador, mas há ainda um longo caminho a percorrer.
Portugal carece de mais competências e oportunidades de criação, para se tornar concorrencial, centrado cada vez mais na economia do conhecimento, uma via sustentável de criação de emprego, riqueza e bem-estar social para todos.
A Rádio é uma criança, enquanto meio de transmissão através das ondas electromagnéticas e tem ainda, um longo caminho a percorrer.
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