O astronauta italiano Paolo Nespoli da ESA foi nomeado para voar com destino à ISS em Dezembro de 2010, a bordo da nave Soyuz TMA-20 como membro da tripulação da Expedição 26, que procede a missão da Expedição 27 à ISS com início em Março de 2011, a missão de Paolo tem por fim a Educação.
A tripulação será composta por Paolo Nespoli, o cosmonauta russo Dmitri Kondratyev da Roscosmos e o astronauta americano Catherine Coleman da NASA, que permanecerão a bordo da estação espacial juntamente com três novos tripulantes, Andrei Borisenko, Alexander Samokutyayev e Ronald Garan, que deverão chegar à ISS apenas em Março de 2011 a bordo da nave TMA-21.
Paolo Nespoli e sua equipa permanecerão a bordo da ISS integrados na Expedição 27 até Maio ou Junho de 2011, retornando à Terra a bordo da TMA-20.
A missão de Paolo Nespoli recebeu a denominação de ‘MagISStra”, uma combinação latina da palavra em masculino Mestre adicionada à sigla ISS de estação espacial internacional. Este lado latino da cultura europeia, é um ingrediente do panorama europeu, mas também faz eco do valor humanístico desta mesma missão.
Desde o início das descobertas marítimas dos portugueses que a humanidade tem procurado incessantemente novas fronteiras para encontrar através da aventura espacial o seu lugar no Universo. Este astronauta europeu (na foto em cima, à direita) leva consigo esse sentido humano da exploração, a partir da estação espacial.
“Magistra” a palavra latina que no masculino significa mestre, e também, o especialista, o proficiente ou aquele que controla, aludem bem do elevado nível das competências exigidas a cada astronauta numa missão espacial, ou em qualquer profissão.
A expressão Mestre, reflecte essa ligação especial com a educação e a qualificação, um dos três elementos do voo de Paolo Nespoli tornou-se num factor determinante para todos aqueles que por profissão ou cultura, além do lazer e da ocupação dos tempos livres, procuram conhecimento através da cultura científica.
Temos de louvar a procura do conhecimento e a auto-aprendizagem, contra o maniqueísmo de seitas, de grupos recém chegados ao radioamadorismo que se destacam do seu corpo de doutrina, prosseguindo conceitos sustentados apenas por um, de dois princípios opostos. Derivam da base legal e conceptual do radioamadorismo, divergem dos seus conceitos da auto-aprendizagem, por mero deleite desportivo. Em muitos casos, impondo concepções redutoras da realidade, ao arrepio de todos os que querem em liberdade aprofundar os seus próprios conhecimentos sobre as coisas da ciência e da tecnologia, tentando melhorar as suas competências, o saber e o conhecimento individual, factores de evolução, mais capazes de nos elevar dentro de uma sociedade livre, na procura do bem-estar social colectivo, fora do radicalismo e da ignorância.
Sabemos que o presente estádio de desenvolvimento das civilizações humanas, do ponto de vista económico e social, exigem de cada cidadão o dever de contribuir para a criação sustentável de condições de vida dignas, para todos.
O radioamadorismo herdou esse dever de ensinar e o direito de aprender desde há mais de um século, criando mais qualificação e melhores competências, baseadas no conhecimento e no saber de cada um, segundo as suas próprias capacidades cognitivas, físicas e intelectuais. Assim, é essencial saber estabelecer prioridades na vida, a partir dos actos e das opções, colocando, ou não pela frente, as competências, o saber e o conhecimento, ao invés da diversão muitas vezes redutora e pouco profícua. Temos o dever de criar opções que tenham por fim superar estados de completa ignorância, cristalizada ou mesmo imposta por sistemas de oposição sistemática ao desenvolvimento da instrução individual do cidadão, das crianças e dos jovens, dentro do próprio radioamadorismo, contra o progresso social e bem-estar económico que naturalmente emerge e cresce com as competências de cada um.
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