Em Julho de 1950 (foi apenas à 56 anos) nascia um novo capítulo do voo espacial com o lançamento em Cape Canaveral do primeiro foguete o Bumber 2, na época era um ambicioso foguete de dois estágios. O estágio superior do foguete podia alcançar altitudes de quase 400 Km, maior altitude que a actual órbita da estação espacial internacional.
Portugal não possui forte tradição industrial, era uma nação de mercadores, pescadores e agricultores, infelizmente a pouca industria que dispunha, no domínio naval e metálico mecânico, tem vindo a perder-se progressivamente, restam os serviços e o consumo em favor de industrias europeias e internacionais, mediante a importação crescente de produtos estrangeiros.
A chamada industria militar e da segurança, quer queiramos ou não, até pelos imperativos que dela advém, é uma via determinante para o crescimento económico e para a evolução das novas aplicações de interesse industrial e comercial.
No caso americano e russo, primeiramente o objectivo dos foguetes era o de transportar ogivas nucleares, hoje são importantes instrumentos de investigação científica, dentro de um nicho de mercado aeroespacial, a que Portugal infelizmente não tem acesso, por falta de recursos financeiros, mas sobretudo, por falta de pessoas empenhadas no assunto.
Os foguetes começaram por carregar pequenos payloads que permitiriam desenvolver aquilo que dispomos hoje em matéria das telecomunicações e teledetecção atmosférica e ambiental.
Sete anos depois, os russos lançam o Sputnik I e II, que foram os primeiros satélites que orbitam a Terra, uma descoberta de Sir Arthur Clarke, que também foi amador de Rádio. O mais incrível foi que os amadores de Rádio cinco anos depois, começam a estudar, desenvolver, fabricar e a lançarem satélites de comunicações, com fins pacíficos, de investigação e estudo tecnológico.
O Radioamadorismo teve e mantém um papel preponderantemente activo na investigação e na educação aeroespacial, tendo-se tornado um indústria de sucesso (sem fins lucrativos) que entre 1961 e 2006 construiu e lançou mais de 82 satélites, mantém duas estações de radiocomunicações a bordo de uma nave tripulada, a estação espacial, 22 desses satélites estão activos, e programados para os próximos 5 anos mais cerca de 29 satélites.
Portugal lançaria em 1993 um pequeno satélite do tipo radioamador, o PoSat-1, que presentemente orbita abandonado no espaço, sem aplicação nem militar, nem educativa.
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