Comemoram-se os 400 anos sobre o início das observações astronómicas com telescópios, feitas por Galileu Galilei, em 1609.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou este ano de 2009 como Ano Internacional da Astronomia. Um acontecimento a nível mundial em que Portugal também participa, sob a coordenação da Sociedade Portuguesa de Astronomia.
Esta comemoração tem por objectivo ajudar as pessoas a redescobrir o seu lugar no Universo através da observação astronómica. E também estimular o interesse e a divulgação da astronomia e da ciência em geral, especialmente entre os jovens.
A AMRAD aderiu a estas celebrações internacionais, colocando em funcionamento o Radiotelescópio da Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos, Oeiras.
Galileu Galilei (1564-1642), era natural de Pisa, na Itália, e foi o pioneiro do método científico moderno, ele fez avançar a Física, as Ciências dos Materiais e a Astronomia.
Galileu aperfeiçoou o telescópio e as suas observações iniciaram a queda da antiga concepção geocêntrica do Universo. As descobertas que fez com o telescópio revolucionaram a maneira como se passou a ver o Universo e o lugar da Humanidade no próprio Universo. Galileu contribuiu decisivamente para a aceitação gradual do modelo heliocêntrico de Copérnico e para o nascimento de uma nova Física. Tudo isto representou um enorme avanço, continuado por Kepler, Newton e outros.
Muitas das conclusões de Galileu desagradaram à Igreja Católica, que, e tal como hoje, era então ainda mais poderosa, e que entendeu assim, que todas as suas descobertas contrariavam a interpretação literal da Bíblia (aquela que então se fazia). Por isso foi Galileu advertido pela Inquisição, em 1616, e foi condenado em 1633.
No entanto, graças à intervenção do Papa João Paulo II, foi essa mesma Igreja que em 1992 acabaria por lhe dar razão. A História reconheceu-o como o pai da Ciência moderna.
Considera-se hoje, que a Ciência, é parte essencial do conhecimento, e que nada reflecte contra a Fé seja ela católica, protestante ou de outra qualquer religião.
O conhecimento é pois a via plural na luta contra o obscurantismo (o estado de quem está e vive na escuridão ou na ignorância; ou ainda, a doutrina daqueles que não querem a propagação da instrução e progressos da civilização por os considerarem um perigo para a sociedade que dominam), a tirania do caciquismo, que ainda hoje impera nas sociedades modernas, designadamente em Portugal, onde cidadãos e organizações, são alvo do ostracismo político e cultural, imposto por dirigentes que abusam do poder que lhes é conferido, ao arrepio da Lei e da própria Constituição.
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